VIAGENS E SABORES POR NUNO CAMPOS INÁCIO, ESCRITOR E INVESTIGADOR DA HISTÓRIA LOCAL:
No entanto, Portimão não é só uma terra exportadora de gente, também é importadora de viajantes, detentores de sabores próprios, que se dispõem a partilhar. Do norte de Portugal, vieram famílias inteiras, trazendo na bagagem o vinho do porto, o bagaço, o brandy ou a aguardente de zimbro; de Setúbal, vieram pescadores, mas guarnecidos com o seu moscatel; de França vieram mercadores transportando champanhe, cognac e armagnac; de Itália a família Júdice e o célebre vermut; da Alemanha vieram as famílias Biker e os Weinholtz, conhecedores dos sabores da cerveja, da vodka e do gin; do Reino Unido vieram ingleses, escoceses e o whisky; no porto de Portimão aportaram, ao longo de vários séculos, barcos de piratas, que, não sendo das Caraíbas, dificilmente trariam rum.
Já no Século XIX, aproveitando a revolução industrial, instalaram-se em Portimão vários industriais. Os Bordas, espanhóis, dedicaram-se à moldagem de rolhas de cortiça, usadas no engarrafamento das mais variadas bebidas; os Feu, igualmente espanhóis, seguiram o exemplo de outros portugueses e portimonenses, na indústria conserveira, que alimentou milhões de pessoas por todo o mundo. Nesse período estabeleceu-se em Monchique a família Callapez, que implementou a produção de mel nessa região que, misturado com o tradicional medronho, originou a celebre melosa. Outra indústria, desenvolvida nessa época por portimonenses, entre os quais a família de Manuel Teixeira Gomes, era a dos fumeiros.
O espírito viajante de Manuel Teixeira Gomes poderia ser herdado pelo pai, negociante de frutos secos que, em meados do Século XIX já viajava pela Europa divulgando tais produtos. A qualidade da sua produção valeu-lhe uma medalha na Exposição Internacional de Londres, em 1851 e outra na Exposição Internacional de Paris, em 1855. Deste modo, enquanto viajava, José Libânio Gomes divulgava sabores.
Mas também poderia vir do seu avô, um militar de carreira, também ele portimonense, que combateu em França sob ordens do General Junot, tendo falecido na prisão do limoeiro.
Certo é que, sempre saudoso da sua terra natal, ao longo das suas viagens Manuel Teixeira Gomes recordaria os sabores do Algarve, comparando-os com os sabores típicos de outras cidades, de França, Itália, Espanha, Grécia, Holanda, ou do Norte de África.
Certamente, Manuel Teixeira Gomes teria gostado…
2.0cl Sumo natural de Ananás - Compal Fresh
Decoração: Nabo, Cenoura, Beterraba, Fios de Ovos, Tomilho Limão, Ananás (folha).
2un. Framboesas (frescas)•
5un. Caviar Toranja Rosa (esferificação)
1 Fio de Follie de Frutos Vermelhos/Bosque
2un. Folhas de Hortelã (frescas)
3cl LICOR BRANDYMEL
2cl Licor de canela Regionalarte
1Bsp Doce de figo
1 1/2 Scoop Gelado de Noz
1 Casca de laranja (Flamed orange zest)
Preparado no Blender. Serve-se na Taça Martini.
4 Figos secos
Q.b Queijo Camembert
A decoração apresentada num no cesto
Tiago Laginha - Escola de Hotelaria e Turismo de Portimão
Nome da composição: Paty Love
Ingredientes:
2 cls LICOR BRANDYMEL
4 cls Vodka Grey Goose – Bacardi Martini - Portugal
1 cls Puré de Manga Monin
1 cls Licor de Limão Regionalarte
Preencher com Orange Cream Tea Ronnefeldt.
Preparado no Boston Shaker. Serve-se no Bier - Willsberger Collection - Spiegelau (Capacidade máx. 35 cls)
Decoração: Fafe de Mel; Algodão Doce;
1 Clara de Ovo em Espuma
Q./B. Ovas de Truta (Caviar) por cima da espuma.
1 Pezinho de Hortelã - menta.
Q./B. Algodão Doce
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