Pedro Duarte, jovem de 26
anos, Head Bartender, no Mescla | Restaurante Bar, no Porto, um apaixonado pela
hospitalidade e pelo mundo do bar, venceu o concurso Ibérico “Patrón
Perfectionists”.
O concurso decorreu, em Barcelona,
onde Pedro Duarte, não deixou os seus créditos em mãos alheias, tendo cativado
os jurados, com uma prova de alto nível, que honra os profissionais de bar
Portugueses. Com este feito irá representar, Portugal e Espanha, como vencedor Ibérico,
no concurso “Patrón Perfectionists” que, irá ter lugar, no México.
Pedro Duarte, muitos parabéns
e votos de sucesso pessoal e profissional, que tua presença no México seja coroada
de êxito. É sem dúvida um privilégio para Cocktails & Mistura Fina ter-te nesta
breve entrevista. Muito obrigado por aceitares partilhar momentos da tua vida,
com os seguidores deste Blogue, neste meu e vosso, espaço.
Pedro
Duarte, qual o teu local de trabalho?
O meu local de trabalho é no Mescla
| Restaurante Bar, no Porto.
Qual
a função que desempenhas?
Desempenho a função de Head
Bartender.
Pedro
Duarte, qual a tua formação a nível de bar?
Em termos de formação estudei Gestão Hoteleira - restauração e bebidas,
na Escola de hotelaria e turismo do Porto, mas foi através de workshops e a
partilha do bar com o Tiago Moreira
que me formei.
Pedro
Duarte, o Blogue Cocktails & Mistura Fina gostava que partilhasses a
receita do "Cocktail" da tua autoria, com a qual venceste o concurso
Ibérico “Patrón Perfectionists” com os seguidores e amantes dos Cocktails.
Claro que sim, com todo
prazer, muito obrigado pela divulgação do meu trabalho e percurso profissional.
Nau é o
nome do cocktail. Este cocktail que me vai levar ao México chama-se ‘Nau’ e é inspirado na cultura
portuguesa assim como numa grande história de amor passada há mais de 50 anos.
Nau
by Pedro Duarte
Ingredientes:
50 ml Patrón Silver
20 ml Vinho do Porto branco
Extra Seco
30 ml cordial de curcuma
15 ml vinagrete de coentros
30 ml aquafaba
Método
de preparação: dry shake, shake, double strain.
Colocar todos os ingredientes
no shaker, efectuar um Dry shake e shake. Double strain em copo alto.
Colocar o selo comestível
sobre o copo e apresentar com as flores de algodão de jambu.
Decoração: selo
comestível no topo do cocktail
Flores de algodão de jambu
Pedro
Duarte, qual a tua opinião sobre a profissão de Barman|Barmaid| Bartender?
É uma profissão apaixonante de
muita dedicação e luta. Existe cada vez mais esta “necessidade” em saber mais,
em procurar mais, em experiênciar mais, em provocar mais... a criatividade, o
rigor, a procura infinita pela criação de experiências. Uma profissão que cada
vez mais é um exemplo de bem receber. Somos storytellers, somos guias, somos no
fundo experiências.
Qual
a tua opinião sobre a participação no Concurso?
O meu foco foi sempre em
ganhar a final Ibérica e ir ao México. Disse ao chefe Semedo na noite anterior
que ia preparado para tudo menos para a derrota. A todo o custo? Não. Sabia que
tinha de trabalhar muito e depois de vencer a final portuguesa percebi que a
fasquia teria de ser elevada. O nível em Portugal tinha sido altíssimo. Estudei
bem o concurso, mas não me limitei a seguir as “regras”, surpreendi,
entusiasmei e tudo isso porque existiu muito trabalho na preparação. 10 minutos
antes de iniciar a minha apresentação pensei em recuar em algo que tinha
preparado por achar que não devia arriscar e jogar pelo seguro, porém essa
ideia felizmente não passou disso. Fiz tudo o que tinha planeado e simplesmente
correu da melhor forma. É verdade que ganhei, mas mais importante do que isso
foi o sentimento de dever cumprido. Foi sentir que aquilo que dei foi aquilo
que de facto me propôs e trabalhei para. O resultado foi magnífico e apesar de
estar muito feliz, ainda tenho dificuldades em acreditar que é real.
A competição chama-se
“perfectionists” e isso foi o que eu procurei fazer na minha apresentação,
melhorar, que cada detalhe fizesse sentido, que cada momento fosse bem
executado. Importante dizer que isto não foi um trabalho individual. Pedi
ajuda, pedi opinião, ouvi aquilo que não perguntei e mudei, repensei. No fim o
resultado foi o qual eu sempre quis.
Quais
os objetivos para a final mundial?
Não vou apenas representar
Portugal ao México, levo as costas o peso também de representar Espanha, sítio
de onde saiu o último vencedor da competição.
Aquilo que me comprometo é de
trabalhar muito. A minha apresentação será melhor executada, alvo de análise e
de crítica porque apesar de saber que esta experiência é de uma vida e que a
tenho de aproveitar muito bem, a verdade é que este rigor que aplico todos os
dias no meu trabalho não me vai deixar fugir daquilo que é a minha ambição. Vou
ao México com tudo para continuar a mostrar ao mundo o lindo trabalho que, tem
sido feito, em Portugal.
Como
viste a participação dos Barmen Portugueses na final Ibérica?
A final ibérica foi a prova de
que continuamos a crescer. O nível dos portugueses presentes foi altíssimo. Na
verdade o João Resende, o Bernardo
Rodrigues e o Diogo Maia simplesmente conquistaram Barcelona por breves
momentos.
Quanto
ao futuro?
Devemos continuar a trabalhar,
investindo na nossa formação. Só podemos continuar a crescer se existir
cooperação e humildade. Devemos muito a pessoas como ao próprio Sr. Francisco
Guerreiro que tanto têm feito por esta linda indústria que é bar.
Que
conselho deixas?
Que nunca nos devemos esquecer
de onde viemos porque nas nossas veias corre sangue de conquistadores (Já fomos
donos do mundo) mas é muito importante pensar para onde vamos.
O meu muito obrigado!
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